terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Tua Caminhada

ACORDEI HOJE COM ESTE TEXTO. GOSTARIA DE COMPARTILHAR COM VOCÊS: 
Tua caminhada ainda não terminou....
A realidade te acolhe
dizendo que pela frente
o horizonte da vida necessita
de tuas palavras
e do teu silêncio.

Se amanhã sentires saudades,
lembra-te da fantasia e
sonha com tua próxima vitória.
Vitória que todas as armas do mundo
jamais conseguirão obter,
porque é uma vitória que surge da paz
e não do ressentimento.

É certo que irás encontrar situações
tempestuosas novamente,
mas haverá de ver sempre
o lado bom da chuva que cai
e não a faceta do raio que destrói.

Tu és jovem.
Atender a quem te chama é belo,
lutar por quem te rejeita
é quase chegar a perfeição.
A juventude precisa de sonhos
e se nutrir de lembranças,
assim como o leito dos rios
precisa da água que rola
e o coração necessita de afeto.

Não faças do amanhã
o sinônimo de nunca,
nem o ontem te seja o mesmo
que nunca mais.
Teus passos ficaram.
Olhes para trás...
mas vá em frente
pois há muitos que precisam
que chegues para poderem seguir-te.

Charles Chaplin

GRATIDÃO!

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Quando a razão e a emoção não se separam

Dissociar razão e emoção...

Em várias oportunidades escrevi sobre as diferenças entre razão e emoção. Seguir a razão ou deixar-se guiar pela emoção? Mas existe dissociação? Razão e emoção estão um para o outro como o óleo e a água?

O dicionário define EMOÇÃO, como uma experiência subjetiva, associada ao temperamento, personalidade e motivação. A palavra deriva do latim "emovere", que significa mover ou movimentar. Seria então a emoção, o agente motivador do espírito, pois só a emoção nos motiva a agir e reagir.

Por sua vez, RAZÃO é a capacidade da mente humana que permite chegar a conclusões a partir de suposições ou premissas.

A vida é feita de escolhas e em cada uma delas sempre há um duelo entre razão e emoção, consciência e coração. Na maioria das vezes, se abre mão de um deles. Mas quem disse que razão e emoção não podem coexistir nas decisões? A opção não esta entre acolher a razão ou a emoção, mas na busca pelo perfeito equilíbrio entre o sentimento que nos move, que nos motiva e impulsiona, e aquele que nos limita e freia.

Deixar-se guiar unicamente pela emoção fragiliza o ser humano de tal forma que o torna irracional. Mas deixar-se levar pela razão lhe retira a característica humana e a capacidade de evoluir. Em estando o amor mais para a emoção do que para a razão, diria que o mundo está sendo levado para relacionamentos racionais, onde o sexo - ditador da razão, comanda o indivíduo num amor que não passa de um recurso para uso, para satisfações imediatas, para o prazer transitório, justificado pelo medo de amar.

A autora espiritual Joanna de Ângelis, no livro "Amor, imbatível amor", faz uma profunda análise psicológica do tema em comento, esclarecendo: "Quando o amor domina as paisagens do coração, mesmo existindo quaisquer dificuldades de ordem sexual, faz-se possível superá-las, mediante a transformação dos desejos e frustrações em solidariedade, em arte, em construção do bem, que visam ao progresso das pessoas, assim como da comunidade, tornando-se, portanto, irrelevantes tais questões. O ser humano, embora vinculado ao sexo pelo atavismo da reprodução, está fadado ao amor, que tem mais vigor do que o simples intercurso genital. ... A insegurança emocional responde pelo medo de amar. Como o amor constitui um grande desafio para o Self, o indivíduo enfermiço, de conduta transtornada, inquieto, ambicioso, vítima do egotismo, evita amar, a fim de não se desequipar dos instrumentos nos quais oculta a debilidade afetiva, agredindo ou escamoteando-se em disfarces variados. O amor é mecanismo de libertação do ser, mediante o qual, todos os revestimentos da aparência cedem lugar ao Si profundo, despido dos atavios físicos e mentais, sob os quais o ego se esconde."

Ou seja, quando o amor se instala no ser humano, de imediato uma sensação de prazer se lhe apresenta natural, enriquecendo-o de vitalidade e de alegria com as quais adquire resistência para a luta e para os grandes desafios, aureolado de ternura e de paz. Entretanto, o amor abre para o homem a necessidade de trabalhar suas fragilidades. O amor, o verdadeiro amor, embora resulte da emoção, que pode ser definida como uma reação intensa e breve do organismo a um lance inesperado, a qual se acompanha dum estado afetivo de concentração penosa ou agradável, do ponto de vista psicológico, também pode ser definida como o movimento emergente de um estado de excitamento de prazer ou dor. Dessarte, embora ligado puramente a um sentimento emocional, o verdadeiro amor traz em si a edificação necessária ao homem, o equilíbrio perfeito e fundamental para a homeostase do ser, a capacidade de lapidar-se e, neste intercurso, também lapidar. 

Somente o amor real traz em si a grande capacidade de construção e reconstrução do pensamento, alicerçado em ideais de dignificação humana, de desenvolvimento moral e intelectual. O amor concita ao engrandecimento espiritual. 

Posto isso, chego a conclusão que diante do amor não existe a escolha entre a razão e a emoção, existe a vontade que  o homem necessita ter para encontrar o equilíbrio perfeito do sentir e do pensar, a vontade que conduza na atitude correta a equilibrar o ser espiritual e o ser racional, que diante da vida se rende a crescer pelo amor e não pela  dor.

Gratidão meus amigos.
Muito amor em suas vidas. 
Namastê.

EuTAT
(EuCLARA)