Abre-se no tempo uma porta,
Depois dela um caminho,
Descobre-se a ansiedade,
E muitas doses de carinho.
Nasce a primeira conquista,
Momento de delírio, foi-se razão,
Arfa a alma e explode o coração.
Não há quem resista!
Dois olhares se cruzam encantados,
Lábios se unem adocicados.
Que desejos colossais¿
Juras são trocadas ao sabor do vento...
A ilusão parece frear o tempo,
Que cauteloso assiste ao amor,
Nem gigante, nem menino, apenas senhor.
A flor perde o seu pudor,
Num instante se torna mulher;
O cravo, brincando de homem,
A protege com muita fé.
Mas eis que o destino perspicaz
Atravessa o caminho, tudo se desfaz.
Do adeus se gera um pranto,
Da despedida um desalento,
Mudam-se as notas musicais...
Existirá sempre na memória
O amor daquela idade,
Sorridente na história
E fagueiro na saudade.
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