Ontem,
hoje, não sei.
Se amanhã,
também não sei.
O tempo passa lento,
em completo desalento,
desatento a si mesmo, o tempo,
sempre a passar
em busca de um amanhã
que já não existe,
mas que resiste em nós
e que ainda buscamos inutilmente,
inconscientemente, em nossa fuga a sós.
Ontem, hoje,
amanhã, não sei.
Apenas sei que mais um dia virá
me trazendo você,
me levando a você.
Nos trazendo o cotidiano
e os tolos enganos
que insistimos em não ver,
que persistimos em viver
em mais um dia a passar, sem emoção,
apenas na tola ilusão
de vivermos mais um dia a dois,
como antes, como depois,
silenciosamente.
Porque ontem, hoje,
amanhã, não sei...
(Tatiana Fernandes)
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