Quem dera ainda fôssemos
os coerentes de outrora,
que se permitiram ousar,
quando a vida nos convidou a sonhar.
Quem dera ainda fôssemos
os lúcidos daquelas horar e horas
que trocamos idéias,
que trocamos sonhos,
que trocamos...
Quem dera ainda fôssemos
os irracionais de outro dia
que se permitiram amar
sem medos, sem freios,
sem receios.
Quem dera ainda fôssemos
os insensatos de juízo perfeito
que deixaram-se envolver
no toque, se perder no abraço,
consumir-se no beijo.
Quem dera ainda fôssemos
os imprudentes daquelas noites,
que sob a luz das estrelas,
sem pudores ou temores,
se perderam em desejos.
Quem dera ainda fôssemos
os adolescentes do outro dia,
que riam, brincavam e se escondiam,
para viver a loucura de ser
apenas nós dois.
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