Diz-se que os olhos estampam as verdades que a boca omite ou engana. Diz-se que os olhos são janelas da alma, pois refletem nossos mais intrínsecas sentimentos. Diz-se que nos olhos trazemos as duras realidades que os lábios não podem expressar... Olhos que não querem ver, coração que teima em manter, pensamento que não se cansa de buscar, essa sou eu, esse é você.
Este blog iniciou-se com o título: Eu e tu, amando ou não. O título, bem original, foi uma criação de Ana Paula Trento. Hoje, resolvemos dar ao blog nossa nova cara. O projeto @dafeaocafe, no Instagram, surgiu na quarentena de 2020. O mundo mudou e a gente - dentro de nossas buscas e caminhos, mudamos junto. No nosso projeto de ressignificação, propomos propagar a luz e iluminar as verdades aqui, aí, acolá, seja onde for, sempre acompanhadas de um bom café. Sejam bem vindos ao nosso mundo!
segunda-feira, 18 de setembro de 2023
Quem enganou o coração com a distância? Quem iludiu o tempo? Certamente não fui eu, deve ter sido você.
Continuar. Seguir. Esquecer. Fingir... Motivos tenho aos montes, justificativas me dão sem parar. Mas teimo em não lembrar o que te faz menor, o que me faz pequena. Recuso em acreditar na maldade dos atos, na covardia dos gestos e palavras que eu não merecia ouvir. Queria apenas o simples, o singelo, o real e verdadeiro. Queria apenas o teu amor e nada mais do que isso, mas só me deste o medo.
Tento entender, mas me falta discernimento pra tanto. É o ego, eu sei. O ego ainda está muito presente em mim e não há como não ser de outra forma - sou humana. Sou humana e dentro desta criatura cheia de defeitos existe um ser sensível que está cansado de ser forte. Carrego como arma, única arma, o amor. Mas mesmo este se faz fraco diante das sombras que me assombram. Será sempre assim? Não sei até onde este corpo humano cheio de imperfeições conseguirá ir. Os peões oscilam, a rainha está em cheque.
Acreditei, mais uma vez, na pureza do homem, na força de uma construção lastreada no mais nobre dos sentimentos. Fui real...
Mas descobri que o mais nobre sentimento nem sempre parece tão sublime. Descobri que ele enlaça, sufoca e aprisiona num simples e ingênuo gesto de carinho; um carinho que sequer teve tempo de ser amadurecido, construído, vivido. Descobri que professar amor, para alguns, é mais fácil do que vivê-lo - e isso seria até engraçado se não fosse tão dolorido.
Em sendo o amor a maior busca do ser humano, essa conjugação de medos e freios é confusa pra mim.
Para alguns, é preferível viver a ilusão, o comodismo, a mentira, o ostracismo... É preferível ter o amor como uma estrela inalcansável, a eterna "Evangeline", do que se lançar ao desconhecido - mesmo quando só se amealhou coisas boas. Para alguns, é mais fácil viver o eterno sonho do amor perfeito do que a realidade do "quase-perfeito".
Céus e terra podem mostrar, os anjos podem até anunciar, mas o cego nunca enxergará o que não quer ver e assim condena o mais que perfeito do perfeito.
Não sei mais o que pensar do amor. Não sei mais o que fazer com o amor que há em mim - julgado e condenado sempre, como "intenso demais".
Neste momento, penso que mais feliz seria se fosse uma pessoa diferente; se em vez de distribuir flores, estivesse a soltar espinhos. Mais feliz seria com o canto aprisionado.
Deixar de pensar, deixar de escrever. Mais simples assim...
(Tatiana Fernandes)
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