sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Feliz 2015!! Que se abram as portas do amor, da paz e da luz

Já repararam como é engraçado o fato de colocarmos todas as nossas expectativas de mudança em um dia?? Pular sete ondas, comer uvas e lentilhas, dispor uma moeda na carteira, ..., são tantas expectativas para um ano vindouro que nos esquecemos de um fato muito importante: com cada novo dia, com cada raiar do sol, surge a possibilidade de você fazer diferente.
 
O ano passou. Cessou com ele a possibilidade de você transformar sua vida em 2014. O que foi, simplesmente foi, não há como mudar, não há como começar do zero. Mas em cada novo dia se abre a possibilidade de você fazer diferente. Como? Mudando você mesmo, transpondo suas próprias barreiras, seus próprios medos de ousar, de acreditar. Ultrapassando seus próprios limites.
 
Já pararam pra pensar em quantas dores poderiam ser evitadas se ao invés de nos retardarmos em condutas repetitivas, padrões de comportamento a que nos escravizamos, pudéssemos usar de uma férrea vontade para estarmos sempre vigilantes no nosso processo de autoeducação. Mas temos sempre a vaidade de querer educar o outro, nunca a nós mesmos. Tempo desperdiçado. Ao descobrir que é impossível controlar a vida, controlar os outros, caímos, por vezes, em depressões injustificáveis. Queremos desistir da luta, pensando que nada conseguimos. Isso porque o foco está fora de nossa realidade íntima.
 
Mas a vida não se dobra aos nossos caprichos. Ela nos desafia, instiga, desestabiliza. Sofremos. Mas o que é a dor senão parte do processo de aprendizado? Na dor ficamos confusos e somos obrigados a refletir. Refletindo, somos obrigados a desconstruir aquilo que acreditamos ser. Na desconstrução incômoda nos sentimos inseguros. Na insegurança buscamos novos roteiros e evoluímos. E, quão bom é quando percebemos defeitos em nós mesmos, pois essa percepção nos dá a possibilidade de mudar em nós o que jamais conseguiríamos nos outros. Bendita vida. Sempre estuante, imprevisível, por vezes incompreensível, mas nos conduzindo sempre para uma maior compreensão do universo de Deus.
 
O raiar de 2015 trouxe pra mim uma confiança inumana. De onde vem? O que fiz de diferente? Nada. Apenas peguei os últimos dias de 2014 para refletir o meu passado, para fazer uma auto-análise dos meus dias e pensar no que eu poderia ter feito diferente e, querem saber a resposta? Lhes digo: nada. Absolutamente nada eu teria feito de forma diferente. Todos os dias de 2014 foram pra mim de aprendizado. Não importa o que tenha feito, não importa onde eu tenha errado; não importa as lágrimas que caíram, onde ou em que eu tenha falhado. Nada disso importa. Queria que tivesse sido diferente? Sim, queria muito. Mas estou em paz com minha consciência porque o que estava ao meu alcance foi feito, o que dependia de mim foi realizado.

Hoje, o que importa pra mim é o fato, inconteste, de que dentro de princípios verdadeiros, de sentimentos reais, de atitudes leais, agi como ditava e comandava o meu coração. A coragem de ousar, a persistência em acreditar  e, principalmente, a humildade para mudar padrões mentais antes solidificados, pontos de vista que antes me acomodavam num determinado estilo de pensar e agir, me remeteram a uma evolução nunca antes experimentada, a um aprendizado nunca antes vivido.
 
A paz reina dentro de mim mesma. A dor, antes experimentada numa confusão mental de tentar entender o que se passava, o porquê dos acontecimentos e sentimentos que não conseguia compreender, hoje já não habita mais o meu ser. Enfrentar com destemor os desafios que se impunham, tratar com amor o que não conseguia compreender, perdoar de forma desmedida, amar incondicionalmente, me permitiu retirar o véu e enxergar a dor nas suas mais variadas faces. Não me sinto mais um espírito errante, tentando compreender o incompreensível; não me sinto mais vítima do destino, sequer uma leoa que pensava e agia como cordeiro, comendo capim que o dia-a-dia me oferecia. O acreditar sem medo, o ousar sem limites e o amor sem pudores (amor visceral), me fez lançar-se aos grandes saltos do autoconhecimento.

O amor verdadeiro me guiou, me inspirou e me fez uma pessoa melhor. O amor verdadeiro foi a inspiração dos meus dias e do meu aprendizado. Esse amor fez superar barreiras, transpor obstáculos, ultrapassar fronteiras, enfrentar tormentas. Esse amor me fez amar mesmo tendo mil motivos e atitudes para odiar; me fez perdoar mesmo quando não havia perdão. Esse amor, tão visceral mas real, me levou mais próxima a Deus. Posso me arrepender de algo assim? Posso me arrepender de um sentimento tão sublime, tão desconhecido de muitos? Não. Nunca!
 
E, como diz Emmanuel, no livro Vinha de Luz: "Não basta sofrer simplesmente para ascender à glória espiritual. Indispensável é saber sofrer, extraindo as lições de luz que a dor oferece ao coração sequioso de paz."
 
A você, meu amigo virtual, desejos de que o ano que se inicia também lhe traga luz, aprendizado, autoconhecimento e o amor, amor verdadeiro, capaz de também mudar o seu mundo para melhor. Que os verdadeiros sentimentos guiem os seus dias, orientem suas decisões, iluminem suas ações. Que o ano de 2015 venha e traga consigo dias de transformação moral e espiritual. Muito amor na sua vida...
 
Feliz 2015.
Gratidão!
 
EuTAT
(Eu CLARA)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Tributo ao Tempo

"Dizem que a vida é curta, mas não é verdade. 
A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades.
E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança tranqüila brincando de esconde-esconde. 
Infelizmente às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando ‘NÃO’: 
a viagem que não fizemos,
o presente que não demos, 
a festa que não fomos, 
o amor que não vivemos,
o perfume que não sentimos. 

A vida é mais emocionante quando se é ator e não expectador, 
quando se é piloto e não passageiro, 
pássaro e não paisagem, 
cavaleiro e não montaria. 
E como ela é feita de instantes, 
não pode nem deve ser medida em anos ou meses, 
mas em minutos e segundos. 
Esta mensagem é um tributo ao tempo. 
Tanto aquele tempo que você soube aproveitar no passado quanto aquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro. 
Porque a vida é agora. 
Não tenha medo do futuro, 
apenas lute e se esforce ao máximo para que ele seja do jeito que você sempre desejou. 
A morte não é a maior perda da vida.
A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos."

Dalai Lama

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Acreditar e agir

"Onde o espírito não trabalha em conjunto com as mãos, não há arte"
Leonardo Da Vinci

Quando eu era criança, costumávamos andar o Brasil dentro de um carro. Essas viagens, além de nos aproximar, era a certeza de boas aventuras. Era cansativo, me lembro bem, mas ao recordar aqueles dias sempre me vem a memória momentos de muita união e aprendizado. Como eu morava na Capital do País, minha experiência com o interior do Brasil se limitava mesmo às férias; e não existia, pra mim, lugar melhor do que aquele onde eu realmente me sentia criança. Engraçado isso, mas era esse o sentimento, talvez atrelado ao fato de que naquele interior simples eu reencontrava minha origem, minhas primas, minha família que, por ser grande e numerosa, era a sempre a certeza de muita diversão. 

Enfim, em uma dessas viagens conheci os muros de pedra. Localizados no interior do Estado do Rio Grande do Norte, os muros de pedra foram feitos sem qualquer tipo de argamassa ou cimento. Como um quebra-cabeça, eles simplesmente se encaixam e neste "encaixe" vem resistindo a ação do tempo e das intempéries, por séculos.
Bom, esse muro me foi lembrado essa semana por uma pessoa muito sábia que me disse: "- Você conhece os muros de pedra, de Parelhas?" Respondi que sim, e ela acrescentou: "- Para que as coisas se encaixem e o tempo de Deus aconteça, o espírito tem de trabalhar em conjunto com as mãos." 

"O espírito tem de trabalhar em conjunto com as mãos ..." A frase, dita ao acaso, ficou na minha cabeça. Eu já havia escutado algo semelhante mas não me lembrava de onde. Novamente ao acaso - se acasos acontecem, alguém postou numa rede social a frase do célebre filósofo Leonardo da Vinci: "Onde o espírito não trabalha em conjunto com as mãos, não há arte"

Neste mesmo dia, chegou a mim uma outra mensagem, chegou a mim a fábula do viajante (depois posto aqui), que precisava de dois remos de madeira de carvalho para chegar ao outro lado da margem: o remo do "agir" e o remo do "acreditar". Agir e acreditar. O barqueiro da fábula, necessitava utilizar os dois remos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade, para navegar seguro até a margem pretendida. Se não fizesse isso, se utilizasse apenas um remo, o barco ficaria rodando em círculos. O barqueiro, muitas vezes necessitava impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, era preciso remar contra a maré.

O barqueiro, tal qual o muro de pedras, me fez PARAR. Parece que tudo depende da união perfeita entre a força do espírito - o crer e, a ação do homem - o agir. Tudo no seu tempo vai se encaixando se formos fiéis a Deus; mas os passos para esse "encaixe perfeito" precisam ser dados, pois não podemos apenas crer. O Pai pede, diuturnamente, que nos esforcemos para desempenhar a nossa missão, para superarmos os obstáculos que nos são impostos a fim de crescermos em mente e espírito.

O maior obstáculo para evoluir, vem de si mesmo. O maior desafio, está em si mesmo, em superar-se. Dificuldades, são testes de promoção espiritual. Você pode fazer o que quiser, só não pode sentir pena de si mesmo; só não pode é desistir sem nem mesmo tentar. Fazer o que promete, dar o primeiro passo, o segundo e o terceiro, ir em frente, com coragem e com a confiança em Deus. Tarefa simples? Não! Mas o pior que pode acontecer a alguém é apagar a chama íntima do amor, da fé, e caminhar em plena escuridão.

Gratidão amigos,
Namastê!

EuTATY

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

MUITO PRAZER!

Boa noite amigos!

CLARA se foi, resta perdida num canto qualquer de minha alma. Lembrança de um espírito que ultrapassou as barreiras do tempo e da vida, e que permaneceu fiel ao seu amor, aos seus princípios. CLARA se foi? Talvez, verdadeiramente, CLARA nunca se vá.

Mas aqui, neste instante, me apresento a vocês. A partir de hoje serei apenas eu, com minhas multifaces, mas com apenas uma identidade - não que nunca tenha sido sempre e apenas EU. Mas a CLARA de outrora hoje, como disse, resta perdida - talvez ainda precisando encontrar o seu NORTE.

Enfim, sobre o que falarei? Ainda não sei. Mas com você eu novamente me proponho a aprender, a trocar idéias. Podemos falar do tempo, do vento, da vida, da morte, do hoje, do amanhã, do ontem... Posso até "monologar" - como sempre fiz. Não importa! Aqui, novamente neste espaço, me proponho a trocar, a aprender muito mais do que ensinar.

Por hoje, apenas me apresento.
Prazer!!

EuTATY


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Carolina? Clara? Tanto faz...

"Carolina, nos seus olhos fundos guarda tanta dor, a dor de todo esse mundo
Eu já lhe expliquei, que não vai dar, seu pranto não vai nada ajudar
Eu já convidei para dançar, é hora, já sei, de aproveitar
Lá fora, amor, uma rosa nasceu, todo mundo sambou, uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo, pela janela, ah que lindo
Mas Carolina não viu...
Carolina, nos seus olhos tristes, guarda tanto amor, o amor que já não existe,
Eu bem que avisei, vai acabar, de tudo lhe dei para aceitar
Mil versos cantei pra lhe agradar, agora não sei como explicar
Lá fora, amor, uma rosa morreu, uma festa acabou, nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela, o tempo passou na janela e só Carolina não viu." Chico Buarque
Ontem, conversando com um amigo, citei a ele "Carolina" - de Chico Buarque, para falar do tempo, do tempo que passa pela janela enquanto lamentamos o que foi, o que poderia ter sido; enquanto esperamos... Citei "Carolina" pra ele numa apologia de que não existe tempo certo para nada na vida, pois enquanto a morte nos espreita o tempo de ser feliz é hoje. 
A música, que surgiu do nada no diálogo, passou a noite inteira na minha cabeça. E, se uma imagem fala, a imagem de "Carolina" esperando na janela me falou à alma. De repente, percebi que "Carolina" também poderia se chamar "Clara". 
Clara também guarda tanto amor...
E Clara, assim, finalmente tomou uma decisão: Clara resolveu olhar a janela, ver a rosa que nasceu e a estrela que caiu... 
Clara decidiu emanar o seu perfume no mundo, junto aqueles que realmente querem sentir a sua fragrância - não que já não o faça...
Mas Clara finalmente decidiu que o tempo não mais passará pela janela, pois Clara resolveu aceitar o convite e sair para sambar...

Clara, neste momento, com lágrimas nos olhos, se despede de vocês - amigos conhecidos e desconhecidos. Levo comigo uma tristeza enorme no peito e uma saudade de tempos onde o amor e a esperança davam o tom; mas também levo comigo uma certeza: você nunca perde quando dá o melhor de si. Continuarei seguindo o meu caminho sendo, acima de tudo, quem sou: um ser pra lá de imperfeito, mas dotado de qualidades ímpares.
Deixo aqui para vocês, meus amigos, uma rosa, como parte da rosa que nasceu enquanto o tempo passava na janela...
Gratidão pelo tempo que passamos juntos!
Namastê!
EuCLARA




Querido Antônio


Querido ANTÔNIO

Eu, CLARA,
Rezo por um mundo florido
De sonhos, beijos e compartilhar 
Rezo pelo por do sol conjunto
E pelo brilho sempre no olhar

Vejo em foto não apenas o riso e a união
Vejo na foto o brilho de uma plena comunhão 

Mãos que se entrelaçam
corpos que se laçam 
Vidas que sempre se cruzam
Mas nem atam nem desatam

Prometo que luto arduamente 
Para preservar o bem, o amor e o crer
Luto arduamente para ver
Que o verdadeiro amor tem poder

Também não sou de poesia ou prosa
Também não sou da rima
Mas por amor a ti fiz do verso a prosa
E da prosa a rima

Receba então mais este rascunho
Rabisco de um rabisco
Do imenso amor tatuado
Porque senão rabiscado 
Nas paredes do meu coração 

Que este pequeno testemunho fique assim gravado
Nem que seja por cortesia
Esperando que você assim não rasgue
Outra de minhas tolas poesias

Que mesmo tola esta ode 
Que hoje veio para o blog
seja no teu coração guardada
Senão também tatuada
Como a mais doce poesia 

EuCLARA

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Evangeline

"Era uma vez um pequenino vagalume que tinha em seu pequenino coração um grande amor... Ele olhava para o céu e sonhava com ela, com Evangeline... O brilho de Evangeline o fascinava... Os outros bichinhos da floresta riam dele e sempre o provocavam dizendo: - Ela é demais para você! Acreditas mesmo que ela olhará para um serzinho tão pequeno?
O pequeno vagalume – agora menor ainda, ficava triste e ressabiado. Por um momento, a dúvida pairava em seu pequeno coração que, já triste e cansado, não se cansava de olhar e, neste olhar ao longe, acreditar... O pequeno vagalume acreditava que Evangeline – a estrela bela e distante, sentia o mesmo por ele. A esperança lhe movia a crer que apesar de toda a imensidão a lhes separar, o amor um dia os uniria. 
- O Amor sempre acha um caminho... - era o que o pequeno vagalume teimava em dizer.
Esse amor perdurou por toda a vida do pequeno sonhador... 
E, no dia de sua morte, no dia que ele apagou sua luz, poucas estrelas surgiram no céu. Mas Evangeline estava lá. E, para quem pode observar, uma nova estrela tinha despontado ao seu lado. 
Agora, junto a Evangeline, estava outra estrela a iluminar o céu."  ( Do desenho animado A Princesa e o Sapo - texto adaptado pela autora )  https://www.youtube.com/watch?v=bVMz73pwDMc

Onde está seu coração? Onde está quem ilumina o seu céu?
Onde está realmente o seu tesouro?  Todos nós temos uma “Evangeline” particular; a estrela que mesmo distante conseguimos ver, apesar da imensidão a nos separar... 
O amor sempre acha um caminho...

EuCLARA