segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Terapia do Abraço

Amigos, vocês já ouviram falar da "Terapia do Abraço"? Pois é, uma autora americana, Katheleen Keating, autora do livro "A Terapia do Abraço", afirma que "a terapia do abraço não é apenas para os solitários ou para pessoas emocionalmente machucadas. A Terapia do Abraço pode tornar mais saudável quem já é saudável, mais feliz quem já é feliz, e fazer com que a pessoa mais segura dentro de nós se sinta ainda mais segura. Abraços são bons para toda a gente e qualquer um pode ser um Terapeuta do Abraço."
 
Bom, tomei conhecimento da "terapia do abraço" na palestra de Divaldo Franco (já citei no post anterior), mas já havia postado aqui um texto sobre a importância de um abraço. O abraço pra mim sempre foi um dos gestos de carinho mais significativos, porque independe de qualquer tipo de relacionamento, de qualquer intenção sexual. Abraçar alguém é entrar em contato com o poder que emana dos corações unidos. Coração com coração se unem e batem num mesmo ritmo, demonstrando quão significativo é quando braços, mãos, dedos e troncos se encontram para entoar uma mesma canção.
 
Num mundo cada vez mais midiático e consumista, a sociedade está sofrendo do mal da solidão. Não são poucos os que possuem mais de mil amigos virtuais, mas nenhum amigo real. Quantas vezes você mesmo não já se sentiu só, cercado de pessoas a sua volta? Quantas vezes um gesto de carinho, normalmente inesperado, lhe quebrou? Um simples abraço pode fazer a diferença quando menos imaginamos, quando menos esperamos.
 
As pessoas não admitem que precisam de carinho, chamam a isso de carência. As pessoas não admitem que necessitam uns dos outros, chamam a isso de falta de amor próprio. As pessoas não admitem que carecem de "determinado" abraço, porque estaria com isso ferindo o  seu orgulho. As pessoas, cada vez mais centradas em seu próprio ego e no consumismo do ser e do ter - porque as próprias pessoas viraram objetos de consumo, estão deixando de sentir. Nos envolvemos em sentimentos tão pequenos, mesquinhos e egoísticos, que mesmo as almas consideradas espiritualizadas tampam os ouvidos ao coração e se deixam guiar pelo ego. Mesmo eu, que tantas vezes vim aqui pra falar de amor, muitas vezes me pego em situações que me atormentam por estar agindo assim, mas cujo orgulho fala mais alto.
 
Mas a verdade é que existem dias que "aquele abraço" faria a diferença no seu mundo. Existem dias, que aquele toque que encosta coração com coração, que aquele deslizar de mãos em nosso rosto, que aquele encontro de corpos, nos faria sentir-se não apenas vivo, mas mais resistente, corajoso, atento às dificuldades da vida... Sentimos a falta do útero que nos criou e alimentou; do conforto e da simplicidade que nos guardou e nada melhor do que se sentir envolto em braços que não apenas se carece mas que também acalentam e guardam como nenhum outro. E, o abraço é isso, é acordar as células um do outro, oferecendo esperança, segurança, amizade e amor. 
 
O abraço, talvez seja a melhor forma de expressar sentimentos. Mais do que palavras, num abraço trocamos a verdade que entoa de nossas almas, de nossos sentidos. Aliás, num abraço não se precisa de palavras. 

Um abraço, sempre será um abraço. Mas existem "aqueles braços que se abraçam" e os corações falam, entoando palavras cujas explicações se fazem desnecessárias, verdades que se confirmam a cada batida do coração. Sentimentos que nada tem de razão, apenas de emoção. Abraços de corpos cujas energias se preenchem no calor do toque de duas almas que se fundem, que se entendem. É por isso que existem abraços que ficam em nossa memória feito cicatriz - abraços que marcam nossa existência.
 
Bom, independente de qualquer coisa, não deixa de ser o abraço uma afirmação de que aquele que é abraçado é importante, querido. E, abraçar não custa nada e não exige grande esforço. Abraçar é não apenas um gesto de amor, de solidariedade, de carinho, de segurança, de conforto, de esperança e alento, mas também um gesto de gratidão. E, quem não merece um abraço? Então, o que você está esperando?
 
Bom, hoje, mais do que ontem e, com certeza menos do que amanhã, EU preciso de um abraço. E você?
 
Gratidão!!
Namastê
 
EuTAT
(EuCLARA)
 
 
 

 

domingo, 11 de janeiro de 2015

O Amor e a Autolibertação

Nossa estrutura é preparada para o amor, o amor é essencial para a nossa existência de ser espiritual. Mas antes do amor pelo próximo, o amor inicia-se dentro de si mesmo.
 
"Amar ao próximo como a si mesmo" - segundo mandamento de Deus. Amar primeiramente a si... Essa sempre foi uma máxima que me intrigou. Como poderia me amar a tal ponto de não olhar o próximo? Não seria este uma espécie de amor egoísta? Olhar no espelho e ver somente a si? Estaríamos, como seres humanos imperfeitos e egoístas que somos, aptos a esse "amor próprio"? Não seria isso uma utopia?
 
Hoje, participando de uma palestra do notório Divaldo Franco, a compreensão deste amor me chegou. Não foi preciso que o palestrante discorresse a respeito para que conseguisse compreender a essência do mandamento. Utilizando-se da parábola "Cavaleiro na Armadura", o apóstolo do espiritismo nos faz compreender que a chave para a solução de todos os nossos problemas, que passam pelas máscaras, porque senão falar em "armaduras" que vamos criando ao longo dos tempos, é o amor. A chave é o amor...
 
A mente do homem é dada a tanto auto-engano que ele não quer admitir suas próprias fraquezas, seus próprios vícios e defeitos. Normalmente, o homem tenta encontrar culpas e culpados, desculpas para justificar suas ações e criar uma ilusão de que não tem qualquer culpa, a culpa é do outro. Entretanto, o que aprendi hoje com o "antes conflituoso conceito" de amor próprio é que se um homem quiser ser realmente livre, ele deve ter a coragem de admitir suas próprias falhas, suas próprias fragilidades, suas próprias culpas e, o mais importante, ter a vontade e a coragem para ver-se, ou seja: olhar-se no espelho.
 
E, olhar-se no espelho é ver o seu espelho interior. Conversar consigo mesmo sobre o que incomoda; refletir sobre os erros, os acertos - ver-se cara-a-cara com suas próprias fragilidades de ser imperfeito - reconhecer-se. A partir daí, perdoar-se, amar-se - AMOR PRÓPRIO. Quando nos amamos, não precisamos mais fingir o que não somos. O amor nos remete a nós mesmos.
 
É o amor, amor próprio, que nos faz abrir as portas do silêncio, do conhecimento, da vontade e ousadia. Parar, ouvir a voz que emana do coração; reconhecer nossas próprias fragilidades, nossos próprios defeitos e qualidades; buscar a força e a vontade, presentes apenas em nós mesmos para ser uma pessoa melhor. Os medos, as dúvidas, nos limitam, mas não há como viver consigo mesmo se não houver a vontade e a ousadia para ser feliz. Nossas fragilidades nos faz humanos, mas o reconhecimento destas nos faz um ser imperfeito mas condizente com a imperfeição e a capacidade que nos é oferecida para evoluir. Neste compromisso, com nossa própria evolução, aprendemos o que seria "amor ao próximo".

É este reconhecimento de SER imperfeito, esta capacidade de aceitar a luta com nossas más inclinações e a ousadia de lutar com nossos medos e limitações, que nos faz reconhecer  o direito ao outro de também possuir suas próprias imperfeições. É somente deste amor próprio que nasce o amor verdadeiro, aquele amor capaz de olhar ao outro com todas as suas imperfeições e mesmo assim continuar amando-o.
 
Buda disse: "Facilmente vemos as falhas dos outros; mas difícil é ver suas próprias falhas."
Alan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, no século XIX estabeleceu: "Se reconhece o verdadeiro espírita pelo esforço que empreende para ser hoje melhor do que ontem; amanhã, melhor do que hoje, lutando sempre contra as más inclinações."
 
Deste modo, a grande viajem para a autolibertação passa pelo amor. O conhecimento do amor é a luz através da qual encontraremos o nosso caminho. Caminho esse que passa por nós mesmos, superando os nossos defeitos, nossas más inclinações trazidas, na maioria das vezes, de encarnações passadas. Somente quando retiramos a armadura, a couraça que criamos em torno de nós mesmos, podemos conhecer nossas próprias qualidades e se amar. E, quando aprendemos a nos amar, aprendemos que não é difícil encontrar a plenitude com o outro, porque o perdão se faz hábito natural e necessário. 

É a compreensão deste amor, amor verdadeiro, que nos faz perceber que faz mais bem amar do que ser amado. É a compreensão deste amor que nos faz reconhecer que nossa força está exatamente em nossa capacidade de amar que, aos olhos de muitos, seria nossa maior fragilidade. A compreensão deste amor nos exulta, nos salva porque nos torna pessoas melhores, mais identificadas com a vida. Através deste amor podemos fazer pelo próximo o que gostaríamos de melhor receber, para sermos felizes hoje - aqui e agora, e não depois da morte.
 
A física quântica já diz: "toda vez que nós amamos, que perdoamos, que entendemos e desculpamos, nossos neurônios cerebrais produzem ondas vibratórias semelhantes ao photon (micropartícula) que aglutina moléculas..." Isso significa que o amor nos ilumina.

Neste momento cabe a questão: qual seria o objetivo essencial de nossas vidas senão amar? Ora, se numa primeira análise somos resultado de um ato de amor - que é a criação divina; se somos filhos de Deus - filhos do amor; se o amor nos ilumina, então o objetivo maior de nossas vidas é amar.

Desta feita, recorrendo ao renomado Divaldo Franco concluo: "Necessitamos viver com, porque a sós não tem volta" e, acrescento, porque a sós não há aprendizado. Recorrendo novamente ao segundo mandamento divino esclareço: o amor é o aprendizado, senão a solução, porque somente ele nos faz ousar, acreditar, sonhar, sacrificar-se, mudar e até doar a própria vida.  O amor é a resposta para as existências vazias, para todas as chagas e distúrbios da humanidade, para a evolução da  própria espécie humana.
 
É isso.
 
Gratidão meus amigos.
Namastê!
 
EuTAT
(Eu CLARA)
 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Liberte-se

“Se deixarmos a mágoa entrar em nossos corações pela porta da frente, a felicidade sairá pela porta dos fundos”.

Por estes dias fui levada a refletir sobre o valor do perdão. Para quem serve? A que serve? Perdoa-se realmente? Escrevi certa vez que o perdão não traz o esquecimento. Assim continuo pensando. Mas se perdoamos verdadeiramente, somos libertos da dor e das feridas da experiência. Podemos até lembrar da situação mas não a utilizamos contra a pessoa. É como a cicatriz na pele: visível mas não dói.
 
"Eu te perdôo" - quanto poder tem essas palavras... Poder para quem o profere, bom para quem recebe. Toda vítima reconhece o seu algoz onde quer que ele esteja, mas lamentavelmente o algoz não reconhece suas vítimas. O perdão é essencial para a saúde da humanidade, é essencial para nossa existência de ser espiritual. Sinônimo de libertação, o perdão vem primeiro do coração, depois da razão.

Já pararam pra pensar quão diferentes e ao mesmo tempo iguais são as palavras "perdoar" e "desculpar"? Sem distinção no dicionário, as palavras - embora sinônimas, são utilizadas de formas distintas. Pedimos e damos "desculpa" constantemente, normalmente em situações corriqueiras e, quando a mágoa não tem o condão de ferir a alma. Já o "perdão", normalmente pedimos e damos a quem amamos. Aliás, também só odiamos aos que amamos. Da mesma forma, só amamos aqueles a quem perdoamos.
 
Amor, ódio, perdão, palavras tão fortes, antagônicas na maioria das vezes, mas ligadas entre si por uma linha tênue, invisível. Amor, sublime amor. Mente divertida, coração descompassado. admirável desconcerto de vida que nos leva a limites que jamais poderíamos supor. Ah, é o amor... É o amor que nos faz, nos dias de hoje, aprimorarmos a necessidade de ser forte sem uma fórmula mágica que nos faça chegar à força sem que antes tenhamos provado a fraqueza. E, amar é experimentar a fraqueza; é provar o doloroso campo da necessidade, da carência, da fragilidade e a capacidade que possuímos de ser mais; é o amor que nos torna fracos e nos faz fortes através do perdão.
 
Quando perdoamos, deixamos de estar emocionalmente agrilhoados à pessoa. Perdoar nos faz recuperar o poder de escolha. Não importa se o outro merece perdão; importa que nós merecemos ser livres.

Por hoje, encerro os meus pensamentos com uma frase que me chega à alma: "o perdão não muda o passado, mas engrandece o futuro" (Paul Boese). Perdoe, peça perdão, faça isso por si mesmo. O teu perdão pode até não mudar o outro, mas certamente mudará você.

Gratidão!
Namastê

EuTAT
(Eu CLARA)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Feliz 2015!! Que se abram as portas do amor, da paz e da luz

Já repararam como é engraçado o fato de colocarmos todas as nossas expectativas de mudança em um dia?? Pular sete ondas, comer uvas e lentilhas, dispor uma moeda na carteira, ..., são tantas expectativas para um ano vindouro que nos esquecemos de um fato muito importante: com cada novo dia, com cada raiar do sol, surge a possibilidade de você fazer diferente.
 
O ano passou. Cessou com ele a possibilidade de você transformar sua vida em 2014. O que foi, simplesmente foi, não há como mudar, não há como começar do zero. Mas em cada novo dia se abre a possibilidade de você fazer diferente. Como? Mudando você mesmo, transpondo suas próprias barreiras, seus próprios medos de ousar, de acreditar. Ultrapassando seus próprios limites.
 
Já pararam pra pensar em quantas dores poderiam ser evitadas se ao invés de nos retardarmos em condutas repetitivas, padrões de comportamento a que nos escravizamos, pudéssemos usar de uma férrea vontade para estarmos sempre vigilantes no nosso processo de autoeducação. Mas temos sempre a vaidade de querer educar o outro, nunca a nós mesmos. Tempo desperdiçado. Ao descobrir que é impossível controlar a vida, controlar os outros, caímos, por vezes, em depressões injustificáveis. Queremos desistir da luta, pensando que nada conseguimos. Isso porque o foco está fora de nossa realidade íntima.
 
Mas a vida não se dobra aos nossos caprichos. Ela nos desafia, instiga, desestabiliza. Sofremos. Mas o que é a dor senão parte do processo de aprendizado? Na dor ficamos confusos e somos obrigados a refletir. Refletindo, somos obrigados a desconstruir aquilo que acreditamos ser. Na desconstrução incômoda nos sentimos inseguros. Na insegurança buscamos novos roteiros e evoluímos. E, quão bom é quando percebemos defeitos em nós mesmos, pois essa percepção nos dá a possibilidade de mudar em nós o que jamais conseguiríamos nos outros. Bendita vida. Sempre estuante, imprevisível, por vezes incompreensível, mas nos conduzindo sempre para uma maior compreensão do universo de Deus.
 
O raiar de 2015 trouxe pra mim uma confiança inumana. De onde vem? O que fiz de diferente? Nada. Apenas peguei os últimos dias de 2014 para refletir o meu passado, para fazer uma auto-análise dos meus dias e pensar no que eu poderia ter feito diferente e, querem saber a resposta? Lhes digo: nada. Absolutamente nada eu teria feito de forma diferente. Todos os dias de 2014 foram pra mim de aprendizado. Não importa o que tenha feito, não importa onde eu tenha errado; não importa as lágrimas que caíram, onde ou em que eu tenha falhado. Nada disso importa. Queria que tivesse sido diferente? Sim, queria muito. Mas estou em paz com minha consciência porque o que estava ao meu alcance foi feito, o que dependia de mim foi realizado.

Hoje, o que importa pra mim é o fato, inconteste, de que dentro de princípios verdadeiros, de sentimentos reais, de atitudes leais, agi como ditava e comandava o meu coração. A coragem de ousar, a persistência em acreditar  e, principalmente, a humildade para mudar padrões mentais antes solidificados, pontos de vista que antes me acomodavam num determinado estilo de pensar e agir, me remeteram a uma evolução nunca antes experimentada, a um aprendizado nunca antes vivido.
 
A paz reina dentro de mim mesma. A dor, antes experimentada numa confusão mental de tentar entender o que se passava, o porquê dos acontecimentos e sentimentos que não conseguia compreender, hoje já não habita mais o meu ser. Enfrentar com destemor os desafios que se impunham, tratar com amor o que não conseguia compreender, perdoar de forma desmedida, amar incondicionalmente, me permitiu retirar o véu e enxergar a dor nas suas mais variadas faces. Não me sinto mais um espírito errante, tentando compreender o incompreensível; não me sinto mais vítima do destino, sequer uma leoa que pensava e agia como cordeiro, comendo capim que o dia-a-dia me oferecia. O acreditar sem medo, o ousar sem limites e o amor sem pudores (amor visceral), me fez lançar-se aos grandes saltos do autoconhecimento.

O amor verdadeiro me guiou, me inspirou e me fez uma pessoa melhor. O amor verdadeiro foi a inspiração dos meus dias e do meu aprendizado. Esse amor fez superar barreiras, transpor obstáculos, ultrapassar fronteiras, enfrentar tormentas. Esse amor me fez amar mesmo tendo mil motivos e atitudes para odiar; me fez perdoar mesmo quando não havia perdão. Esse amor, tão visceral mas real, me levou mais próxima a Deus. Posso me arrepender de algo assim? Posso me arrepender de um sentimento tão sublime, tão desconhecido de muitos? Não. Nunca!
 
E, como diz Emmanuel, no livro Vinha de Luz: "Não basta sofrer simplesmente para ascender à glória espiritual. Indispensável é saber sofrer, extraindo as lições de luz que a dor oferece ao coração sequioso de paz."
 
A você, meu amigo virtual, desejos de que o ano que se inicia também lhe traga luz, aprendizado, autoconhecimento e o amor, amor verdadeiro, capaz de também mudar o seu mundo para melhor. Que os verdadeiros sentimentos guiem os seus dias, orientem suas decisões, iluminem suas ações. Que o ano de 2015 venha e traga consigo dias de transformação moral e espiritual. Muito amor na sua vida...
 
Feliz 2015.
Gratidão!
 
EuTAT
(Eu CLARA)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Tributo ao Tempo

"Dizem que a vida é curta, mas não é verdade. 
A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades.
E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança tranqüila brincando de esconde-esconde. 
Infelizmente às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando ‘NÃO’: 
a viagem que não fizemos,
o presente que não demos, 
a festa que não fomos, 
o amor que não vivemos,
o perfume que não sentimos. 

A vida é mais emocionante quando se é ator e não expectador, 
quando se é piloto e não passageiro, 
pássaro e não paisagem, 
cavaleiro e não montaria. 
E como ela é feita de instantes, 
não pode nem deve ser medida em anos ou meses, 
mas em minutos e segundos. 
Esta mensagem é um tributo ao tempo. 
Tanto aquele tempo que você soube aproveitar no passado quanto aquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro. 
Porque a vida é agora. 
Não tenha medo do futuro, 
apenas lute e se esforce ao máximo para que ele seja do jeito que você sempre desejou. 
A morte não é a maior perda da vida.
A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos."

Dalai Lama

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Acreditar e agir

"Onde o espírito não trabalha em conjunto com as mãos, não há arte"
Leonardo Da Vinci

Quando eu era criança, costumávamos andar o Brasil dentro de um carro. Essas viagens, além de nos aproximar, era a certeza de boas aventuras. Era cansativo, me lembro bem, mas ao recordar aqueles dias sempre me vem a memória momentos de muita união e aprendizado. Como eu morava na Capital do País, minha experiência com o interior do Brasil se limitava mesmo às férias; e não existia, pra mim, lugar melhor do que aquele onde eu realmente me sentia criança. Engraçado isso, mas era esse o sentimento, talvez atrelado ao fato de que naquele interior simples eu reencontrava minha origem, minhas primas, minha família que, por ser grande e numerosa, era a sempre a certeza de muita diversão. 

Enfim, em uma dessas viagens conheci os muros de pedra. Localizados no interior do Estado do Rio Grande do Norte, os muros de pedra foram feitos sem qualquer tipo de argamassa ou cimento. Como um quebra-cabeça, eles simplesmente se encaixam e neste "encaixe" vem resistindo a ação do tempo e das intempéries, por séculos.
Bom, esse muro me foi lembrado essa semana por uma pessoa muito sábia que me disse: "- Você conhece os muros de pedra, de Parelhas?" Respondi que sim, e ela acrescentou: "- Para que as coisas se encaixem e o tempo de Deus aconteça, o espírito tem de trabalhar em conjunto com as mãos." 

"O espírito tem de trabalhar em conjunto com as mãos ..." A frase, dita ao acaso, ficou na minha cabeça. Eu já havia escutado algo semelhante mas não me lembrava de onde. Novamente ao acaso - se acasos acontecem, alguém postou numa rede social a frase do célebre filósofo Leonardo da Vinci: "Onde o espírito não trabalha em conjunto com as mãos, não há arte"

Neste mesmo dia, chegou a mim uma outra mensagem, chegou a mim a fábula do viajante (depois posto aqui), que precisava de dois remos de madeira de carvalho para chegar ao outro lado da margem: o remo do "agir" e o remo do "acreditar". Agir e acreditar. O barqueiro da fábula, necessitava utilizar os dois remos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade, para navegar seguro até a margem pretendida. Se não fizesse isso, se utilizasse apenas um remo, o barco ficaria rodando em círculos. O barqueiro, muitas vezes necessitava impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, era preciso remar contra a maré.

O barqueiro, tal qual o muro de pedras, me fez PARAR. Parece que tudo depende da união perfeita entre a força do espírito - o crer e, a ação do homem - o agir. Tudo no seu tempo vai se encaixando se formos fiéis a Deus; mas os passos para esse "encaixe perfeito" precisam ser dados, pois não podemos apenas crer. O Pai pede, diuturnamente, que nos esforcemos para desempenhar a nossa missão, para superarmos os obstáculos que nos são impostos a fim de crescermos em mente e espírito.

O maior obstáculo para evoluir, vem de si mesmo. O maior desafio, está em si mesmo, em superar-se. Dificuldades, são testes de promoção espiritual. Você pode fazer o que quiser, só não pode sentir pena de si mesmo; só não pode é desistir sem nem mesmo tentar. Fazer o que promete, dar o primeiro passo, o segundo e o terceiro, ir em frente, com coragem e com a confiança em Deus. Tarefa simples? Não! Mas o pior que pode acontecer a alguém é apagar a chama íntima do amor, da fé, e caminhar em plena escuridão.

Gratidão amigos,
Namastê!

EuTATY

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

MUITO PRAZER!

Boa noite amigos!

CLARA se foi, resta perdida num canto qualquer de minha alma. Lembrança de um espírito que ultrapassou as barreiras do tempo e da vida, e que permaneceu fiel ao seu amor, aos seus princípios. CLARA se foi? Talvez, verdadeiramente, CLARA nunca se vá.

Mas aqui, neste instante, me apresento a vocês. A partir de hoje serei apenas eu, com minhas multifaces, mas com apenas uma identidade - não que nunca tenha sido sempre e apenas EU. Mas a CLARA de outrora hoje, como disse, resta perdida - talvez ainda precisando encontrar o seu NORTE.

Enfim, sobre o que falarei? Ainda não sei. Mas com você eu novamente me proponho a aprender, a trocar idéias. Podemos falar do tempo, do vento, da vida, da morte, do hoje, do amanhã, do ontem... Posso até "monologar" - como sempre fiz. Não importa! Aqui, novamente neste espaço, me proponho a trocar, a aprender muito mais do que ensinar.

Por hoje, apenas me apresento.
Prazer!!

EuTATY