terça-feira, 23 de novembro de 2021

Saudades de você... (Tatiana Fernandes)

Saudade... 
Eu não queria senti-la, 
mas é mais forte que eu. 
Lembranças que escravizam, 
Retiram a paz, 
Sinto saudades de você…
 
Saudade dos nossos abraços apertados, 
dos nossos carinhos intermináveis, 
de me enlaçar em seus braços
e viajar por entre as estrelas.

Saudade dos seus beijos, 
que me tomavam por inteiro.
Saudades do teu corpo, 
do encaixe perfeito.

Saudade do olhar, do sorriso
Dos longos carinhos 
Das intermináveis conversas 
Do que vivemos juntos e 
E do que poderia ser.

Saudade de você…
Saudade
Que não consigo conter
Que faz difícil esquecer
segurar a lágrima 
Restringir a dor. 

Saudade
Que faz o amor virar solidão
O tempo se tornar insensatez 
As respostas serem todas: não sei.

Saudade 
Que me faz sussurrar ao vento 
Conversar com as estrelas 
Sondar os mistérios do universo 
Descobrir do que o amor é capaz.

Queria ter o poder de te trazer de volta
Pra poder sentir, tornar a sonhar 
Viver o amor, que entre soluços professamos.

Queria ter o poder de te trazer de volta
Porque simplesmente, 
sinto uma saudade enorme de você! (Tatiana Fernandes)


quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Quero Voltar (Tatiana Fernandes)

 


Quero voltar
ao mundo dimensão,
ao centro da paixão
desenhada num ponto só
fixo no meio de ti,
no meio de mim,
a rodopiar
na confusão.

Quero voltar
para lutar,
entre a espada e a flecha
no vento da porta que fecha
na chave do teu coração.
Segredo que ultrapassa,
se dispersa e abraça
o teu medo, o teu chão.

Talvez adormecer, 
talvez mergulhar,
talvez revirar
a flor que em ti nasce
neste verso tão confuso,
que me cobre meia face.

Quero viver,
quero voltar.
Quero querer
quero sonhar
(Tatiana Fernandes)

Um Átimo (Tatiana Fernandes)


Ao amanhecer, cansado de sonhar
descobriu que a resposta
estava em um átimo
entre o sono e a vigília
dentro do seu íntimo

Ao entardecer, cansado de pensar
descobriu que o segredo
estava no intervalo
entre uma batida e outra
do seu coração

Ao anoitecer, cansado de correr
descobriu que a magia
estava no silêncio
entre a inspiração e a expiração
dentro do seu próprio peito

Ao alvorecer, cansado de sofrer
descobriu que a solução
estava no espaço
entre um pensamento e outro
na sua cabeça

Ao final, cansado de procurar,
descobriu que o propósito
talvez se esconda no vazio
entre o que era, o que parecia 
e o que pode vir a ser.

Enquanto isso, eu e você,
ora perdidos, 
outrora encontrados,
presos e entregues
 a um átimo do tempo. 
(Tatiana Fernandes)







quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Primeiro AMOR (Francis Fernandes)

 

O verdadeiro amor é demonstrado com atitudes, não com palavras ...

Abre-se no tempo uma porta,
Depois dela um caminho,
Descobre-se a ansiedade,
E muitas doses de carinho.
Nasce a primeira conquista,
Momento de delírio, foi-se  razão,
Arfa a alma e explode o coração.
Não há quem resista!
Dois olhares se cruzam encantados,
Lábios se unem adocicados.
Que desejos colossais¿
Juras são trocadas ao sabor do vento...
A  ilusão parece  frear  o  tempo,
Que cauteloso assiste ao amor,
Nem gigante, nem menino, apenas senhor.
A flor perde o seu pudor,
Num  instante  se torna  mulher;
O cravo, brincando de homem,
A protege com muita fé.
Mas eis  que o destino perspicaz
Atravessa o caminho, tudo se desfaz.
Do  adeus se gera um pranto,
Da despedida um desalento,
Mudam-se as notas  musicais...
Existirá sempre na memória
O  amor  daquela  idade,
Sorridente na história
E  fagueiro na saudade.
 

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

BEM ASSIM (Francis Fernandes)

 O Poder do Olhar no Elo7 | Arte e companhia (55B2F1)

O seu olhar penetrante

A minha alma encontrou,

Tornei-me musa do instante,

A sereia que o lapidou,

 

Fruto da sua invenção,

Um furacão no outdoor,

Longe de ser imitação,

Uma invenção bem melhor.

 

Enquadrada no seu padrão,

A mulher que escolheu,

Nem por isso submissão,

Sou a deusa dos olhos seus.

 

Que prazer ser sua companhia,

Receber todo carinho seu,

Além de princesa, ser rainha,

Ser sorriso no seu coliseu!

 

O sonho que virou verdade,

A que chegou para ficar,

Na sua vida uma celebridade,

O alicerce do seu lar.

 

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

 Dentro de mim | FaLeI tÁ eScRiTo

DENTRO DE MIM

(Franci Fernandes) 

Dentro de mim tudo acontece diferente,

Eis que de repente o mundo é um grande parque,

A vida uma canção de ninar,

Ninguém é ruim,

Todos sabem cantar.

Diversões, brinquedos e canções

E no centro do universo um picadeiro,

Um palhaço movido por enormes emoções

Plantando em cada canteiro

Flores para colorir o mundo inteiro.

Malabaristas nas praças, mágicos de todas as raças;

Cartolas ao vento...

E no impacto da magia: gaivotas irradiam.

Uma nuvem mágica descarregando

Uma chuva de borboletas azuis,

Todos vivendo, todos amando

Numa atmosfera de luz.

No embalo do carrossel, crianças a gargalhar;

Eu na roda gigante tentando o céu alcançar.

Barquinhos de papel, espadas de pau,

O conto da Rapunzel, o reino do Lobo Mau,

Duendes, fadas, muitas coisas encantadas...

Dentro de mim é assim:

A infância não tem fim.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

O Mito da Caverna e os dias atuais.

 

Mito da Caverna ou Alegoria da Caverna é uma história narrada por Platão em sua obra A República. Trata-se de um diálogo travado entre Glauco e Sócrates, em que este conta uma história a Glauco para falar-lhe sobre o conhecimento humano.

Sócrates diz para Glauco imaginar uma espécie de caverna subterrânea em que homens vivessem como prisioneiros desde sempre. Essa caverna possui uma parede em que os prisioneiros foram acorrentados pelos braços, de modo a verem somente o que se passa na parede paralela. 

Atrás dos prisioneiros, existe uma chama acesa por qual as pessoas passam, gesticulam e movimentam objetos, de modo a projetarem suas sombras na parede que os prisioneiros conseguem ver. Também falam e gritam, criando ecos que os prisioneiros podem ouvir. Sombras e ecos são projeções distorcidas das imagens e dos sons reais. Por viverem toda a sua vida ali, acorrentados, tudo que os prisioneiros sabem do mundo é o que eles vivenciaram. 

Sócrates fala para Glauco imaginar que um dia um prisioneiro foi liberto. Ele saiu da caverna, teve um primeiro contato com a luz solar que ofuscou a sua visão e gerou um grande incômodo. Porém, após acostumar-se com a luz, ele pôde observar toda a natureza e todo o vasto mundo que havia fora da caverna, muito maior do que ele julgava existir quando era um prisioneiro. 

Em um primeiro impulso, o prisioneiro liberto poderia tentar retornar para a caverna e libertar os seus companheiros. Imaginando as possibilidades, ele poderia até ser morto por seus colegas, que o julgariam como louco. Essa metáfora é utilizada por Platão para explicar a hierarquia dos conhecimentos e como essa hierarquia está relacionada à política da cidade. 

Inúmeros elementos metafóricos aparecem na alegoria. Os principais elementos estão dispostos abaixo:

·         Prisioneiros: os prisioneiros da caverna somos nós mesmos, os cidadãos comuns.

·         Caverna: é o nosso corpo, que segundo Platão, seria fonte de engano e dúvida, pois ele nos ilude na forma como apreendemos as aparências das coisas, nos fazendo acreditar que essas são as próprias coisas.

·         Sombras e ecos: as sombras que os prisioneiros veem e os ecos que eles escutam são as opiniões e os preconceitos que trazemos do senso comum e da vida costumeira. Eles são, segundo Platão, conhecimentos errados que adquirimos através dos sentidos de nosso corpo e da vida cotidiana.

·         Sair da caverna: a libertação do prisioneiro e a sua fuga da caverna simboliza a busca pelo conhecimento verdadeiro.

·         A luz do Sol: a luz solar no exterior da caverna simboliza o conhecimento verdadeiro, a razão e a filosofia. Quando o prisioneiro sai da caverna, ele sente-se perturbado pela luz intensa, elemento natural que ele nunca havia vivenciado. No início, há uma dificuldade de aceitação dessa luz pelas retinas, até que ele adapta-se e percebe toda a realidade exterior. Metaforicamente, isso simboliza a zona de conforto que as sombras e a caverna representam, pois o engano da vida comum pode ser confortável, enquanto a verdade pode ser, ao menos, inicialmente, dolorosa e sacrificante. Sair da ignorância significa sair da zona de conforto.

 

humanidade parece ter se acostumado com a ignorância de tal modo, que há uma recusa geral por uma busca da verdade. As pessoas têm um oceano de informações por meio da mídia televisiva, da internet e das redes sociais, mas mantêm-se no nível meramente informativo, não buscando conhecer profundamente o mundo que habitam.

Somos diuturnamente levados aos enganos das notícias falsas espalhadas na rede, pelo simples fato de não nos darmos ao trabalho de investigar. Fora isso, fechamos os olhos ao conhecimento do espírito, das leis da natureza, de nosso crescimento espiritual. 

A busca pelo prazer incessante, o hedonismo, a falsa ideia de felicidade e a vaidade são valores que as pessoas buscam sem cessar, esquecendo-se de sua própria evolução. 

O conhecimento, a verdade, o bem e a justiça deixaram de ser procurados pelas pessoas do século XXI. Nossa sociedade se vê soterrando-se cada vez mais ignorância – como os prisioneiros da caverna platônica. 

Quem ousa opor-se a esse tipo de vida vulgar, é considerado louco. Os escravos presos no interior da caverna não percebem que são prisioneiros e vivem, inertes, dentro de sua própria torpeza. 

Hoje, o mundo nos chama a reflexão; à revisão dos valores e busca das verdades que nos somam como seres humanos. A oportunidade de aprendizado, conhecimento e evolução se faz única na história recente da humanidade. Que neste novo despertar, sejamos – sobretudo, mais unidade; que possamos sair da escuridão, do mundo das sombras em busca da verdadeira luz.

Instagram: @dafeaocafe

Registro de estudos da LIVE do dia 03/08/2020.  Convidado: Vinicius Fernandes Maia.