ACORDEI HOJE COM ESTE TEXTO. GOSTARIA DE COMPARTILHAR COM VOCÊS:
Tua caminhada ainda não terminou....
A realidade te acolhe
dizendo que pela frente
o horizonte da vida necessita
de tuas palavras
e do teu silêncio.
Se amanhã sentires saudades,
lembra-te da fantasia e
sonha com tua próxima vitória.
Vitória que todas as armas do mundo
jamais conseguirão obter,
porque é uma vitória que surge da paz
e não do ressentimento.
É certo que irás encontrar situações
tempestuosas novamente,
mas haverá de ver sempre
o lado bom da chuva que cai
e não a faceta do raio que destrói.
Tu és jovem.
Atender a quem te chama é belo,
lutar por quem te rejeita
é quase chegar a perfeição.
A juventude precisa de sonhos
e se nutrir de lembranças,
assim como o leito dos rios
precisa da água que rola
e o coração necessita de afeto.
Não faças do amanhã
o sinônimo de nunca,
nem o ontem te seja o mesmo
que nunca mais.
Teus passos ficaram.
Olhes para trás...
mas vá em frente
pois há muitos que precisam
que chegues para poderem seguir-te.
Charles Chaplin
GRATIDÃO!
Este blog iniciou-se com o título: Eu e tu, amando ou não. O título, bem original, foi uma criação de Ana Paula Trento. Hoje, resolvemos dar ao blog nossa nova cara. O projeto @dafeaocafe, no Instagram, surgiu na quarentena de 2020. O mundo mudou e a gente - dentro de nossas buscas e caminhos, mudamos junto. No nosso projeto de ressignificação, propomos propagar a luz e iluminar as verdades aqui, aí, acolá, seja onde for, sempre acompanhadas de um bom café. Sejam bem vindos ao nosso mundo!
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Quando a razão e a emoção não se separam
Dissociar razão e emoção...
Em várias oportunidades escrevi sobre as diferenças entre razão e emoção. Seguir a razão ou deixar-se guiar pela emoção? Mas existe dissociação? Razão e emoção estão um para o outro como o óleo e a água?
O dicionário define EMOÇÃO, como uma experiência subjetiva, associada ao temperamento, personalidade e motivação. A palavra deriva do latim "emovere", que significa mover ou movimentar. Seria então a emoção, o agente motivador do espírito, pois só a emoção nos motiva a agir e reagir.
Por sua vez, RAZÃO é a capacidade da mente humana que permite chegar a conclusões a partir de suposições ou premissas.
A vida é feita de escolhas e em cada uma delas sempre há um duelo entre razão e emoção, consciência e coração. Na maioria das vezes, se abre mão de um deles. Mas quem disse que razão e emoção não podem coexistir nas decisões? A opção não esta entre acolher a razão ou a emoção, mas na busca pelo perfeito equilíbrio entre o sentimento que nos move, que nos motiva e impulsiona, e aquele que nos limita e freia.
Deixar-se guiar unicamente pela emoção fragiliza o ser humano de tal forma que o torna irracional. Mas deixar-se levar pela razão lhe retira a característica humana e a capacidade de evoluir. Em estando o amor mais para a emoção do que para a razão, diria que o mundo está sendo levado para relacionamentos racionais, onde o sexo - ditador da razão, comanda o indivíduo num amor que não passa de um recurso para uso, para satisfações imediatas, para o prazer transitório, justificado pelo medo de amar.
A autora espiritual Joanna de Ângelis, no livro "Amor, imbatível amor", faz uma profunda análise psicológica do tema em comento, esclarecendo: "Quando o amor domina as paisagens do coração, mesmo existindo
quaisquer dificuldades de ordem sexual, faz-se possível superá-las, mediante a
transformação dos desejos e frustrações em solidariedade, em arte, em
construção do bem, que visam ao progresso das pessoas, assim como da
comunidade, tornando-se, portanto, irrelevantes tais questões.
O ser humano, embora vinculado ao sexo pelo atavismo da reprodução,
está fadado ao amor, que tem mais vigor do que o simples intercurso genital. ... A insegurança emocional responde pelo medo de amar.
Como o amor constitui um grande desafio para o Self, o indivíduo enfermiço, de
conduta transtornada, inquieto, ambicioso, vítima do egotismo, evita amar, a
fim de não se desequipar dos instrumentos nos quais
oculta a debilidade afetiva, agredindo ou escamoteando-se em disfarces
variados.
O amor é mecanismo de libertação do ser, mediante o qual, todos os
revestimentos da aparência cedem lugar ao Si profundo, despido dos atavios
físicos e mentais, sob os quais o ego se esconde."
Ou seja, quando o amor se instala no ser humano, de imediato uma sensação de prazer se lhe apresenta natural, enriquecendo-o de vitalidade e de alegria com as quais adquire resistência para a luta e para os grandes desafios, aureolado de ternura e de paz. Entretanto, o amor abre para o homem a necessidade de trabalhar suas fragilidades. O amor, o verdadeiro amor, embora resulte da emoção, que pode ser definida como uma reação intensa e breve do organismo a um lance inesperado, a qual se acompanha dum estado afetivo de concentração penosa ou agradável, do ponto de vista psicológico, também pode ser definida como o movimento emergente de um estado de excitamento de prazer ou dor. Dessarte, embora ligado puramente a um sentimento emocional, o verdadeiro amor traz em si a edificação necessária ao homem, o equilíbrio perfeito e fundamental para a homeostase do ser, a capacidade de lapidar-se e, neste intercurso, também lapidar.
Somente o amor real traz em si a grande capacidade de construção e reconstrução do pensamento, alicerçado em ideais de dignificação humana, de desenvolvimento moral e intelectual. O amor concita ao engrandecimento espiritual.
Posto isso, chego a conclusão que diante do amor não existe a escolha entre a razão e a emoção, existe a vontade que o homem necessita ter para encontrar o equilíbrio perfeito do sentir e do pensar, a vontade que conduza na atitude correta a equilibrar o ser espiritual e o ser racional, que diante da vida se rende a crescer pelo amor e não pela dor.
Gratidão meus amigos.
Gratidão meus amigos.
Muito amor em suas vidas.
Namastê.
EuTAT
(EuCLARA)
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
Carta ao Universo
Bom, como tarefa de casa, me pediram para escrever uma carta ao Universo. A intenção é entrar em sinergia com as energias que emanam do cosmo e, nesta sintonia, ajudar as forças do universo a atrair o que se deseja. Magnetismo? Não sei! Muito ainda há a descobrir neste novo horizonte que se abre. O que me foi pedido foi claro: não citar nomes, não mentalizar pessoas ou objetos. Ser clara quanto ao que se deseja – de forma objetiva mas despersonalizada. Assim, atendendo ao meu terapeuta, hoje amigo de aprendizado, inicio minha missiva.
Num primeiro momento, necessito esclarecer que não há como se dirigir ao Universo sem pensar em Deus. Não há espaço a essa dissociação em minha mente. Então, reportando-me ao universo como um todo, dirijo-me ao Pai de Tudo.
Pai de todas as coisas, Luz do Mundo, Força que comanda o Universo, ...
São tantos os teus nomes que muitas vezes não sabemos sequer como chamá-lo.
Tua magnitude é incontestável, mas se me dirigir a ti como o magnânimo que és, te sentirei tão distante de mim que, por alguns momentos, questionarei se realmente escutas a minha voz. Em não sendo essa a intenção, reporto-me a ti simplesmente como o sinto: PAI.
PAI, por vezes, não poucas, visualizo as mazelas do mundo, enxergo as distorções sociais, as injustiças rotineiramente cometidas e me questiono se teria o direito de te pedir algo. Em sendo tantos os pedidos que chegam a ti; em sendo tantas as misérias espirituais, sociais, morais e econômicas a serem atendidas e sanadas; em havendo tantos “necessitados” – e aqui falo em necessidade básica, questiono-me se não estaria sendo injusta pedindo um pouco da tua atenção para mim.
Meus sofrimentos, minhas dores, por maiores que sejam – do meu ponto de vista, parecem-me tão pequenas diante de tantas outras aflições. Mas em teu Evangelho nos ensinou que cada um de nós é único em teu coração, que cada um de nós é teu filho e, como filhos merecemos o teu colo, o teu alento e amparo. Em teu Evangelho, nos ensinou não apenas a pedir, mas nos mostrou que quem realmente pede será atendido. Assim...
PAI, durante toda a minha existência ambicionei o amor. Como um ser espiritual idealista, romântico e, talvez, altamente carente, busquei no amor a resposta para muitas de minhas aflições.
Durante toda a minha vida busquei o amor de almas, aquele amor que ultrapassa as barreiras do tempo e da morte; aquele amor que chega, se instala e se completa num amor para toda uma existência. Esse foi o amor que sempre ambicionei viver: um amor que fala pelo olhar, que escuta com o coração. Um amor sem razão.
Bem sabes que nunca fui uma pessoa invejosa, mas se tem algo que sempre admirei são duas almas que se completam uma na outra. Coração com coração, entoando uma canção única.
Sabe PAI, li em teu Evangelho que amar nos dá a sensação de andar sobre as nuvens. E, era exatamente esse o tipo de amor – entre um homem e uma mulher, que nunca deixei de buscar na minha vida, um amor que desejo viver.
Então MEU PAI, neste momento de reflexão, de oração, te peço – com todo o poder que emana do meu coração, da minha mente, do meu espírito, coloca em meu caminho, para caminhar ao meu lado, o meu companheiro de evolução; uma pessoa que não apenas ame e enxergue o meu exterior, mas veja a minha alma e, que esta alma o complete.
PAI, QUERO, nesta existência, não apenas sonhar, mas compartilhar e viver um amor que se funde num simples olhar. Um amor que se preenche num simples encontro de mãos. Um amor que se completa no sorriso um do outro.
PAI, quero não apenas ter um encontro de almas, mas QUERO VIVER esse encontro, viver esse amor em sua plenitude, podendo fazer reverberar em todas as direções. Quero um companheiro que me compreenda, que me ajude nos momentos de aflição e dor; que não apenas ampare minhas lágrimas, mas que nunca as deixe cair. Quero um companheiro que esteja ao meu lado quando estiver doente, que me segure quando eu tropeçar; um companheiro que me faça sorrir, que preserve o meu riso, que se alegre com a minha felicidade.
Desejo um companheiro de evolução que não apenas respeite as minhas crenças e ideologias, como compartilhe comigo o desejo de ser uma pessoa melhor; desejo um companheiro que me ensine, me impulsione e também me freie quando for necessário. Um alguém com quem eu também possa aprender.
Quero um companheiro que preencha a minha vida, o meu coração e a minha alma; um alguém que me respeite, que respeite minha família e minhas filhas. Um companheiro de luz, de evolução, de vida, de amor.
PAI, quero que o meu companheiro me sinta em toda a minha essência; que me admire e me preserve como o bem mais precioso de sua vida. Quero ser o tesouro da vida do meu companheiro, o diamante mais precioso; assim como desejo que ele seja a riqueza da minha existência. Quero um homem, que olhe pra mim e sinta a coragem para enfrentar o mundo ao meu lado, que tenha a ousadia de ultrapassar quaisquer barreiras que se interponham em nosso caminho. Quero um homem de verdade, um homem que saiba amar e valorizar uma mulher; um homem que eu possa chamar de “meu”, que eu possa me sentir “sua”, mas não como sinônimo de posse ou propriedade, mas num amor que enquanto liberta prende.
PAI, sei que muito ainda há a trilhar, muito eu ainda preciso percorrer. Mas se em meu coração, em meu ser, em todo o meu espírito, só reverbera amor, então que o amor chegue, verdadeiramente, em minha vida. Mas que seja o amor felicidade, fidelidade, compartilhar, doação, entrega, ..., o amor mútuo e verdadeiro, que eu mereço viver. Chega PAI, chega de amor provação, de amor dor, de amor sofrimento.
PAI, eu mereço todas as coisas boas que o universo tem para me oferecer e eu estou preparada para receber. Então, que além da Paz e da Prosperidade, que venha para o meu caminho o amor felicidade, o amor reciprocidade, o amor se entregar, o amor dar-se as mãos. O amor verdadeiro. Que venha, para a minha vida e para a vida das minhas filhas e da minha família, o meu companheiro de luz e evolução.
E que se abram as portas da felicidade; que mure-se a porta onde mora o mal.
Que assim seja!
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Terapia do Abraço
Amigos, vocês já ouviram falar da "Terapia do Abraço"? Pois é, uma autora americana, Katheleen Keating, autora do livro "A Terapia do Abraço", afirma que "a terapia do abraço não é apenas para os solitários ou para pessoas emocionalmente machucadas. A Terapia do Abraço pode tornar mais saudável quem já é saudável, mais feliz quem já é feliz, e fazer com que a pessoa mais segura dentro de nós se sinta ainda mais segura. Abraços são bons para toda a gente e qualquer um pode ser um Terapeuta do Abraço."
Bom, tomei conhecimento da "terapia do abraço" na palestra de Divaldo Franco (já citei no post anterior), mas já havia postado aqui um texto sobre a importância de um abraço. O abraço pra mim sempre foi um dos gestos de carinho mais significativos, porque independe de qualquer tipo de relacionamento, de qualquer intenção sexual. Abraçar alguém é entrar em contato com o poder que emana dos corações unidos. Coração com coração se unem e batem num mesmo ritmo, demonstrando quão significativo é quando braços, mãos, dedos e troncos se encontram para entoar uma mesma canção.
Num mundo cada vez mais midiático e consumista, a sociedade está sofrendo do mal da solidão. Não são poucos os que possuem mais de mil amigos virtuais, mas nenhum amigo real. Quantas vezes você mesmo não já se sentiu só, cercado de pessoas a sua volta? Quantas vezes um gesto de carinho, normalmente inesperado, lhe quebrou? Um simples abraço pode fazer a diferença quando menos imaginamos, quando menos esperamos.
As pessoas não admitem que precisam de carinho, chamam a isso de carência. As pessoas não admitem que necessitam uns dos outros, chamam a isso de falta de amor próprio. As pessoas não admitem que carecem de "determinado" abraço, porque estaria com isso ferindo o seu orgulho. As pessoas, cada vez mais centradas em seu próprio ego e no consumismo do ser e do ter - porque as próprias pessoas viraram objetos de consumo, estão deixando de sentir. Nos envolvemos em sentimentos tão pequenos, mesquinhos e egoísticos, que mesmo as almas consideradas espiritualizadas tampam os ouvidos ao coração e se deixam guiar pelo ego. Mesmo eu, que tantas vezes vim aqui pra falar de amor, muitas vezes me pego em situações que me atormentam por estar agindo assim, mas cujo orgulho fala mais alto.
Mas a verdade é que existem dias que "aquele abraço" faria a diferença no seu mundo. Existem dias, que aquele toque que encosta coração com coração, que aquele deslizar de mãos em nosso rosto, que aquele encontro de corpos, nos faria sentir-se não apenas vivo, mas mais resistente, corajoso, atento às dificuldades da vida... Sentimos a falta do útero que nos criou e alimentou; do conforto e da simplicidade que nos guardou e nada melhor do que se sentir envolto em braços que não apenas se carece mas que também acalentam e guardam como nenhum outro. E, o abraço é isso, é acordar as células um do outro, oferecendo esperança, segurança, amizade e amor.
O abraço, talvez seja a melhor forma de expressar sentimentos. Mais do que palavras, num abraço trocamos a verdade que entoa de nossas almas, de nossos sentidos. Aliás, num abraço não se precisa de palavras.
Um abraço, sempre será um abraço. Mas existem "aqueles braços que se abraçam" e os corações falam, entoando palavras cujas explicações se fazem desnecessárias, verdades que se confirmam a cada batida do coração. Sentimentos que nada tem de razão, apenas de emoção. Abraços de corpos cujas energias se preenchem no calor do toque de duas almas que se fundem, que se entendem. É por isso que existem abraços que ficam em nossa memória feito cicatriz - abraços que marcam nossa existência.
Bom, independente de qualquer coisa, não deixa de ser o abraço uma afirmação de que aquele que é abraçado é importante, querido. E, abraçar não custa nada e não exige grande esforço. Abraçar é não apenas um gesto de amor, de solidariedade, de carinho, de segurança, de conforto, de esperança e alento, mas também um gesto de gratidão. E, quem não merece um abraço? Então, o que você está esperando?
domingo, 11 de janeiro de 2015
O Amor e a Autolibertação
Nossa estrutura é preparada para o amor, o amor é essencial para a nossa existência de ser espiritual. Mas antes do amor pelo próximo, o amor inicia-se dentro de si mesmo.
"Amar ao próximo como a si mesmo" - segundo mandamento de Deus. Amar primeiramente a si... Essa sempre foi uma máxima que me intrigou. Como poderia me amar a tal ponto de não olhar o próximo? Não seria este uma espécie de amor egoísta? Olhar no espelho e ver somente a si? Estaríamos, como seres humanos imperfeitos e egoístas que somos, aptos a esse "amor próprio"? Não seria isso uma utopia?
Hoje, participando de uma palestra do notório Divaldo Franco, a compreensão deste amor me chegou. Não foi preciso que o palestrante discorresse a respeito para que conseguisse compreender a essência do mandamento. Utilizando-se da parábola "Cavaleiro na Armadura", o apóstolo do espiritismo nos faz compreender que a chave para a solução de todos os nossos problemas, que passam pelas máscaras, porque senão falar em "armaduras" que vamos criando ao longo dos tempos, é o amor. A chave é o amor...
A mente do homem é dada a tanto auto-engano que ele não quer admitir suas próprias fraquezas, seus próprios vícios e defeitos. Normalmente, o homem tenta encontrar culpas e culpados, desculpas para justificar suas ações e criar uma ilusão de que não tem qualquer culpa, a culpa é do outro. Entretanto, o que aprendi hoje com o "antes conflituoso conceito" de amor próprio é que se um homem quiser ser realmente livre, ele deve ter a coragem de admitir suas próprias falhas, suas próprias fragilidades, suas próprias culpas e, o mais importante, ter a vontade e a coragem para ver-se, ou seja: olhar-se no espelho.
E, olhar-se no espelho é ver o seu espelho interior. Conversar consigo mesmo sobre o que incomoda; refletir sobre os erros, os acertos - ver-se cara-a-cara com suas próprias fragilidades de ser imperfeito - reconhecer-se. A partir daí, perdoar-se, amar-se - AMOR PRÓPRIO. Quando nos amamos, não precisamos mais fingir o que não somos. O amor nos remete a nós mesmos.
É o amor, amor próprio, que nos faz abrir as portas do silêncio, do conhecimento, da vontade e ousadia. Parar, ouvir a voz que emana do coração; reconhecer nossas próprias fragilidades, nossos próprios defeitos e qualidades; buscar a força e a vontade, presentes apenas em nós mesmos para ser uma pessoa melhor. Os medos, as dúvidas, nos limitam, mas não há como viver consigo mesmo se não houver a vontade e a ousadia para ser feliz. Nossas fragilidades nos faz humanos, mas o reconhecimento destas nos faz um ser imperfeito mas condizente com a imperfeição e a capacidade que nos é oferecida para evoluir. Neste compromisso, com nossa própria evolução, aprendemos o que seria "amor ao próximo".
É este reconhecimento de SER imperfeito, esta capacidade de aceitar a luta com nossas más inclinações e a ousadia de lutar com nossos medos e limitações, que nos faz reconhecer o direito ao outro de também possuir suas próprias imperfeições. É somente deste amor próprio que nasce o amor verdadeiro, aquele amor capaz de olhar ao outro com todas as suas imperfeições e mesmo assim continuar amando-o.
É este reconhecimento de SER imperfeito, esta capacidade de aceitar a luta com nossas más inclinações e a ousadia de lutar com nossos medos e limitações, que nos faz reconhecer o direito ao outro de também possuir suas próprias imperfeições. É somente deste amor próprio que nasce o amor verdadeiro, aquele amor capaz de olhar ao outro com todas as suas imperfeições e mesmo assim continuar amando-o.
Buda disse: "Facilmente vemos as falhas dos outros; mas difícil é ver suas próprias falhas."
Alan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, no século XIX estabeleceu: "Se reconhece o verdadeiro espírita pelo esforço que empreende para ser hoje melhor do que ontem; amanhã, melhor do que hoje, lutando sempre contra as más inclinações."
Deste modo, a grande viajem para a autolibertação passa pelo amor. O conhecimento do amor é a luz através da qual encontraremos o nosso caminho. Caminho esse que passa por nós mesmos, superando os nossos defeitos, nossas más inclinações trazidas, na maioria das vezes, de encarnações passadas. Somente quando retiramos a armadura, a couraça que criamos em torno de nós mesmos, podemos conhecer nossas próprias qualidades e se amar. E, quando aprendemos a nos amar, aprendemos que não é difícil encontrar a plenitude com o outro, porque o perdão se faz hábito natural e necessário.
É a compreensão deste amor, amor verdadeiro, que nos faz perceber que faz mais bem amar do que ser amado. É a compreensão deste amor que nos faz reconhecer que nossa força está exatamente em nossa capacidade de amar que, aos olhos de muitos, seria nossa maior fragilidade. A compreensão deste amor nos exulta, nos salva porque nos torna pessoas melhores, mais identificadas com a vida. Através deste amor podemos fazer pelo próximo o que gostaríamos de melhor receber, para sermos felizes hoje - aqui e agora, e não depois da morte.
É a compreensão deste amor, amor verdadeiro, que nos faz perceber que faz mais bem amar do que ser amado. É a compreensão deste amor que nos faz reconhecer que nossa força está exatamente em nossa capacidade de amar que, aos olhos de muitos, seria nossa maior fragilidade. A compreensão deste amor nos exulta, nos salva porque nos torna pessoas melhores, mais identificadas com a vida. Através deste amor podemos fazer pelo próximo o que gostaríamos de melhor receber, para sermos felizes hoje - aqui e agora, e não depois da morte.
A física quântica já diz: "toda vez que nós amamos, que perdoamos, que entendemos e desculpamos, nossos neurônios cerebrais produzem ondas vibratórias semelhantes ao photon (micropartícula) que aglutina moléculas..." Isso significa que o amor nos ilumina.
Neste momento cabe a questão: qual seria o objetivo essencial de nossas vidas senão amar? Ora, se numa primeira análise somos resultado de um ato de amor - que é a criação divina; se somos filhos de Deus - filhos do amor; se o amor nos ilumina, então o objetivo maior de nossas vidas é amar.
Desta feita, recorrendo ao renomado Divaldo Franco concluo: "Necessitamos viver com, porque a sós não tem volta" e, acrescento, porque a sós não há aprendizado. Recorrendo novamente ao segundo mandamento divino esclareço: o amor é o aprendizado, senão a solução, porque somente ele nos faz ousar, acreditar, sonhar, sacrificar-se, mudar e até doar a própria vida. O amor é a resposta para as existências vazias, para todas as chagas e distúrbios da humanidade, para a evolução da própria espécie humana.
Neste momento cabe a questão: qual seria o objetivo essencial de nossas vidas senão amar? Ora, se numa primeira análise somos resultado de um ato de amor - que é a criação divina; se somos filhos de Deus - filhos do amor; se o amor nos ilumina, então o objetivo maior de nossas vidas é amar.
Desta feita, recorrendo ao renomado Divaldo Franco concluo: "Necessitamos viver com, porque a sós não tem volta" e, acrescento, porque a sós não há aprendizado. Recorrendo novamente ao segundo mandamento divino esclareço: o amor é o aprendizado, senão a solução, porque somente ele nos faz ousar, acreditar, sonhar, sacrificar-se, mudar e até doar a própria vida. O amor é a resposta para as existências vazias, para todas as chagas e distúrbios da humanidade, para a evolução da própria espécie humana.
É isso.
Gratidão meus amigos.
Namastê!
EuTAT
(Eu CLARA)
(Eu CLARA)
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Liberte-se
“Se deixarmos a mágoa entrar em nossos corações pela porta da frente, a felicidade sairá pela porta dos fundos”.
Por estes dias fui levada a refletir sobre o valor do perdão. Para quem serve? A que serve? Perdoa-se realmente? Escrevi certa vez que o perdão não traz o esquecimento. Assim continuo pensando. Mas se perdoamos verdadeiramente, somos libertos da dor e das feridas da experiência. Podemos até lembrar da situação mas não a utilizamos contra a pessoa. É como a cicatriz na pele: visível mas não dói.
"Eu te perdôo" - quanto poder tem essas palavras... Poder para quem o profere, bom para quem recebe. Toda vítima reconhece o seu algoz onde quer que ele esteja, mas lamentavelmente o algoz não reconhece suas vítimas. O perdão é essencial para a saúde da humanidade, é essencial para nossa existência de ser espiritual. Sinônimo de libertação, o perdão vem primeiro do coração, depois da razão.
Já pararam pra pensar quão diferentes e ao mesmo tempo iguais são as palavras "perdoar" e "desculpar"? Sem distinção no dicionário, as palavras - embora sinônimas, são utilizadas de formas distintas. Pedimos e damos "desculpa" constantemente, normalmente em situações corriqueiras e, quando a mágoa não tem o condão de ferir a alma. Já o "perdão", normalmente pedimos e damos a quem amamos. Aliás, também só odiamos aos que amamos. Da mesma forma, só amamos aqueles a quem perdoamos.
Amor, ódio, perdão, palavras tão fortes, antagônicas na maioria das vezes, mas ligadas entre si por uma linha tênue, invisível. Amor, sublime amor. Mente divertida, coração descompassado. admirável desconcerto de vida que nos leva a limites que jamais poderíamos supor. Ah, é o amor... É o amor que nos faz, nos dias de hoje, aprimorarmos a necessidade de ser forte sem uma fórmula mágica que nos faça chegar à força sem que antes tenhamos provado a fraqueza. E, amar é experimentar a fraqueza; é provar o doloroso campo da necessidade, da carência, da fragilidade e a capacidade que possuímos de ser mais; é o amor que nos torna fracos e nos faz fortes através do perdão.
Quando perdoamos, deixamos de estar emocionalmente agrilhoados à pessoa. Perdoar nos faz recuperar o poder de escolha. Não importa se o outro merece perdão; importa que nós merecemos ser livres.
Por hoje, encerro os meus pensamentos com uma frase que me chega à alma: "o perdão não muda o passado, mas engrandece o futuro" (Paul Boese). Perdoe, peça perdão, faça isso por si mesmo. O teu perdão pode até não mudar o outro, mas certamente mudará você.
Gratidão!
Namastê
EuTAT
(Eu CLARA)
(Eu CLARA)
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
Feliz 2015!! Que se abram as portas do amor, da paz e da luz
Já repararam como é engraçado o fato de colocarmos todas as nossas expectativas de mudança em um dia?? Pular sete ondas, comer uvas e lentilhas, dispor uma moeda na carteira, ..., são tantas expectativas para um ano vindouro que nos esquecemos de um fato muito importante: com cada novo dia, com cada raiar do sol, surge a possibilidade de você fazer diferente.
O ano passou. Cessou com ele a possibilidade de você transformar sua vida em 2014. O que foi, simplesmente foi, não há como mudar, não há como começar do zero. Mas em cada novo dia se abre a possibilidade de você fazer diferente. Como? Mudando você mesmo, transpondo suas próprias barreiras, seus próprios medos de ousar, de acreditar. Ultrapassando seus próprios limites.
Já pararam pra pensar em quantas dores poderiam ser evitadas se ao invés de nos retardarmos em condutas repetitivas, padrões de comportamento a que nos escravizamos, pudéssemos usar de uma férrea vontade para estarmos sempre vigilantes no nosso processo de autoeducação. Mas temos sempre a vaidade de querer educar o outro, nunca a nós mesmos. Tempo desperdiçado. Ao descobrir que é impossível controlar a vida, controlar os outros, caímos, por vezes, em depressões injustificáveis. Queremos desistir da luta, pensando que nada conseguimos. Isso porque o foco está fora de nossa realidade íntima.
Mas a vida não se dobra aos nossos caprichos. Ela nos desafia, instiga, desestabiliza. Sofremos. Mas o que é a dor senão parte do processo de aprendizado? Na dor ficamos confusos e somos obrigados a refletir. Refletindo, somos obrigados a desconstruir aquilo que acreditamos ser. Na desconstrução incômoda nos sentimos inseguros. Na insegurança buscamos novos roteiros e evoluímos. E, quão bom é quando percebemos defeitos em nós mesmos, pois essa percepção nos dá a possibilidade de mudar em nós o que jamais conseguiríamos nos outros. Bendita vida. Sempre estuante, imprevisível, por vezes incompreensível, mas nos conduzindo sempre para uma maior compreensão do universo de Deus.
O raiar de 2015 trouxe pra mim uma confiança inumana. De onde vem? O que fiz de diferente? Nada. Apenas peguei os últimos dias de 2014 para refletir o meu passado, para fazer uma auto-análise dos meus dias e pensar no que eu poderia ter feito diferente e, querem saber a resposta? Lhes digo: nada. Absolutamente nada eu teria feito de forma diferente. Todos os dias de 2014 foram pra mim de aprendizado. Não importa o que tenha feito, não importa onde eu tenha errado; não importa as lágrimas que caíram, onde ou em que eu tenha falhado. Nada disso importa. Queria que tivesse sido diferente? Sim, queria muito. Mas estou em paz com minha consciência porque o que estava ao meu alcance foi feito, o que dependia de mim foi realizado.
Hoje, o que importa pra mim é o fato, inconteste, de que dentro de princípios verdadeiros, de sentimentos reais, de atitudes leais, agi como ditava e comandava o meu coração. A coragem de ousar, a persistência em acreditar e, principalmente, a humildade para mudar padrões mentais antes solidificados, pontos de vista que antes me acomodavam num determinado estilo de pensar e agir, me remeteram a uma evolução nunca antes experimentada, a um aprendizado nunca antes vivido.
Hoje, o que importa pra mim é o fato, inconteste, de que dentro de princípios verdadeiros, de sentimentos reais, de atitudes leais, agi como ditava e comandava o meu coração. A coragem de ousar, a persistência em acreditar e, principalmente, a humildade para mudar padrões mentais antes solidificados, pontos de vista que antes me acomodavam num determinado estilo de pensar e agir, me remeteram a uma evolução nunca antes experimentada, a um aprendizado nunca antes vivido.
A paz reina dentro de mim mesma. A dor, antes experimentada numa confusão mental de tentar entender o que se passava, o porquê dos acontecimentos e sentimentos que não conseguia compreender, hoje já não habita mais o meu ser. Enfrentar com destemor os desafios que se impunham, tratar com amor o que não conseguia compreender, perdoar de forma desmedida, amar incondicionalmente, me permitiu retirar o véu e enxergar a dor nas suas mais variadas faces. Não me sinto mais um espírito errante, tentando compreender o incompreensível; não me sinto mais vítima do destino, sequer uma leoa que pensava e agia como cordeiro, comendo capim que o dia-a-dia me oferecia. O acreditar sem medo, o ousar sem limites e o amor sem pudores (amor visceral), me fez lançar-se aos grandes saltos do autoconhecimento.
O amor verdadeiro me guiou, me inspirou e me fez uma pessoa melhor. O amor verdadeiro foi a inspiração dos meus dias e do meu aprendizado. Esse amor fez superar barreiras, transpor obstáculos, ultrapassar fronteiras, enfrentar tormentas. Esse amor me fez amar mesmo tendo mil motivos e atitudes para odiar; me fez perdoar mesmo quando não havia perdão. Esse amor, tão visceral mas real, me levou mais próxima a Deus. Posso me arrepender de algo assim? Posso me arrepender de um sentimento tão sublime, tão desconhecido de muitos? Não. Nunca!
O amor verdadeiro me guiou, me inspirou e me fez uma pessoa melhor. O amor verdadeiro foi a inspiração dos meus dias e do meu aprendizado. Esse amor fez superar barreiras, transpor obstáculos, ultrapassar fronteiras, enfrentar tormentas. Esse amor me fez amar mesmo tendo mil motivos e atitudes para odiar; me fez perdoar mesmo quando não havia perdão. Esse amor, tão visceral mas real, me levou mais próxima a Deus. Posso me arrepender de algo assim? Posso me arrepender de um sentimento tão sublime, tão desconhecido de muitos? Não. Nunca!
E, como diz Emmanuel, no livro Vinha de Luz: "Não basta sofrer simplesmente para ascender à glória espiritual. Indispensável é saber sofrer, extraindo as lições de luz que a dor oferece ao coração sequioso de paz."
A você, meu amigo virtual, desejos de que o ano que se inicia também lhe traga luz, aprendizado, autoconhecimento e o amor, amor verdadeiro, capaz de também mudar o seu mundo para melhor. Que os verdadeiros sentimentos guiem os seus dias, orientem suas decisões, iluminem suas ações. Que o ano de 2015 venha e traga consigo dias de transformação moral e espiritual. Muito amor na sua vida...
Feliz 2015.
Gratidão!
EuTAT
(Eu CLARA)
(Eu CLARA)
Assinar:
Postagens (Atom)